H3N2 Darwin: saiba mais sobre o tipo do vírus influenza em circulação no país

O aumento de casos de infecções pelo vírus influenza no  último trimestre deste ano tem atraído atenção para uma velha conhecida da humanidade.
A gripe,como é chamada popularmente,tem gerado surtos regionais pelo país impulsionada pela introdução de uma nova cepa do subtipo A(H3N2),batizada de Darwin.
A primeira identificação da nova cepa no país foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em amostras provenientes da cidade do Rio de Janeiro.
Atualmente,são conhecidos três tipos de vírus influenza: A,B e C.
Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias sazonais em diversas localidades do mundo,enquanto o último costuma provocar alguns casos mais leves.
O tipo A da influenza é classificado em subtipos,como o A(H1N1) e o A(H3N2).
Já o tipo B é dividido em duas linhagens:Victoria e Yamagata.
Embora possuam diferenças genéticas,todos os tipos podem provocar sintomas parecidos,como febre alta,tosse,garganta inflamada,dores de cabeça,no corpo e nas articulações, calafrios e fadigas.
A cepa Darwin (recém-descoberta na Austrália) faz parte do tipo A(H3N2).
Nos últimos meses,ela contribuiu para um aumento de casos de gripe em um período atípico no Brasil que,assim como os países do hemisfério sul,possui uma circulação maior do vírus influenza no inverno (entre julho e setembro).
De acordo com Fernando Motta,pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC,o grande número de pessoas infectadas com o vírus da gripe também é resultado da combinação de uma circulação reduzida do vírus influenza em 2020 com a baixa adesão à campanha de vacinação desse ano.
O pesquisador lembra que os cuidados para evitar o contágio e a transmissão da gripe são os mesmos que a população têm usado para frear a transmissão da Covid-19.
“Distanciamento social,evitar aglomerações,uso de máscaras, higiene constante das mãos e etiqueta respiratória.
São medidas que vimos que ao longo do ano passado e que provavelmente fizeram com que várias viroses respiratórias desaparecessem de circulação.
E,com certeza,mitigaram a transmissão do coronavírus”, afirmou Fernando Motta.

Assista ao vídeo e saiba mais sobre o vírus influenza e o subtipo H3N2:


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